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Família ainda não tem previsão de quando será enterro de Jeniffer Viturino e diz não ter sido comunicada oficialmente da liberação
TV Gazeta e G1
O corpo da modelo capixaba, de 17 anos, que morreu ao cair de um prédio em Lisboa, foi liberado nesta segunda-feira (11), pelo Instituto Nacional de Medicina Legal de Portugal (INML). A família, porém, ainda não tem previsão de quando o enterro de Jeniffer Viturino acontecerá e diz não ter sido comunicada oficialmente da liberação.Segundo o diretor do instituto, Durate Nuno Vieira, exames rotineiros para detectar a presença de álcool e drogas no sangue de Jeniffer Viturino, de 17 anos, ainda serão realizados. "Não existe um prazo, mas procuramos que em 4 semanas tenhamos um relatório preliminar", afirmou ao G1.
A jovem, que iniciava a carreira de modelo, foi encontrada morta no prédio do namorado, o empresário Miguel Alves da Silva, na última sexta-feira. Segundo a mãe, Solange Viturino, de 39 anos, ele conta que os dois dormiram separados naquela noite, pois haviam terminado o relacionamento.
Solange diz ainda que, segundo o empresário, havia um bilhete de Jeniffer em que ela se culpava pelo fim do relacionamento. A mãe acredita que a caligrafia possa ser da filha, embora a tenha achado estranha. Até domingo, ela admitia a possibilidade de que a jovem tenha se suicidado, mas dizia duvidar da hipótese.
A reportagem vem tentando localizar Miguel desde ontem, mas sem sucesso. Até as 19h, nenhuma declaração pública sua havia sido divulgada.
A Polícia Judiciária, semelhante à Civil no Brasil, negou-se a prestar qualquer informação. O caso, informou o órgão por meio de sua assessoria, está em segredo de Justiça.
Questionado se a polícia havia pedido exames do empresário, o diretor do INLM diz que não. "Só se pede se houver suspeitas por parte da Polícia Judiciária. Se não há suspeitas, não se pede nada", diz Vieira.
O Consulado Geral do Brasil em Portugal informou que não foi comunicado oficialmente do caso. Segundo uma representante do órgão, "em teoria" todas as mortes de brasileiros em solo português deveriam ser comunicadas, mas isso nem sempre acontece.
A família pretende realizar o enterro em Portugal, onde Jeniffer vivia desde abril de 2007. "Ela não queria voltar para o Brasil de jeito nenhum. Só ir lá passear. Passear ela queria muito", diz a mãe, Solange Corneau Viturino, de 39 anos. A jovem havia começado em Portugal a sua carreira de modelo.
O pai da jovem vive em Vitória (ES), mas deve chegar nesta terça-feira a Lisboa, diz o irmão de Jeniffer, Johnatan Viturino, de 19 anos. "A polícia ainda não ligou para a gente. Ainda não fomos vê-la", afirma ao G1.
Segunda mulher
O jornal português "Correio da Manhã" afirma que, segundo fontes da Polícia Judiciária, havia uma segunda mulher no apartamento de Miguel Alves na noite do crime. O empresário, porém, teria omitido essa informação em seu depoimento - o fato só foi conhecido por causa do circuito interno de TV e pelos depoimentos de vizinhos, afirma o jornal.
O G1 pediu a confirmação ou desmentido pessoalmente ao gabinete de imprensa da Polícia Judiciária, mas não obteve resposta.
Miguel Alves tinha outras namoradas e Jenniffer tinha conhecimento disso, afirmou Solange ao G1. "Eu falava: 'filha, mas como é que você suporta uma situação dessa'. Ela dizia: mãe, mas eu gosto do Miguel".
Os dois haviam começado a namorar em 2009, segundo a mãe, após se conhecerem em um evento de moda no Algarve, região no Sul de Portugal. Solange afirma que, por telefone, Miguel contou que vinha tentando terminar o relacionamento havia algum tempo e que, naquela noite, tinha posto um ponto final. A jovem dormira na sala e ele foi para o quarto - sempre segundo a mãe. Quando acordou, a menina já não estava no apartamento.
A Polícia de Segurança Pública informou à reportagem que o chamado foi feito por um segurança do prédio que se deparou com o corpo pela manhã. O celular de Jeniffer está com a polícia judiciária, diz a mãe.
Homenagem
Na tarde desta segunda, amigos de Jeniffer organizaram uma homenagem à jovem na escola em que estudavam. "(Fizemos) um minuto de silêncio, a diretora falou um bocado. E depois houve um aluno que fez um discurso", diz Stephanie Lopes, de 17 anos, colega de Jenniffer na escola e que a conhecia há 4 anos. "Bastante gente que já não andava na escola, dirigiu se para relembrar uma velha amiga...", conta.
Stephanie afirma que Jennffer havia comentado sobre as outras namoradas de Miguel na quarta-feira, dois dias antes de o corpo ser encontrado. "Apenas disse que essa situação a magoava muito, mas que o amava", conta. Em nenhum momento, afirma a amiga, a jovem comentou algo sobre suicídio.
Fonte: gazetaonline.globo.com
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