Mundo da Músia
Em Foco
Por: Douglas Rosa/GA
Iron Maiden transforma Morumbi em templo do metal
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Marcelo Moreira/Agência Estado |
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A celebração foi completa. Cerca de 55 mil fãs
do Iron Maiden que lotaram o estado do Morumbi na noite de sábado
cumpriram a promessa de transformar a casa do futebol em um gigantesco
templo do barulho e de devoção ao heavy metal. E o sexteto britânico
cumpriu o que tinha prometido - como sempre: música de qualidade, de
alto nível e muitos hits de uma carreira de 35 anos.
Nada diferente do que ocorreu nas oito vezes anteriores em que tocou
no Brasil e em São Paulo - esta foi a terceira passagem por aqui desde
2008. Os shows da banda seguem sempre o mesmo roteiro que as
apresentações de artistas cultuados como AC/DC e Motorhead: muitos hits,
qualidade de performance impecável e total devoção do público sem que
algo de novo e bombástico ocorra. E, como sempre ocorre, o resultado é
sempre o mesmo da turnê anterior: um evento impecável e estupendo.
O Iron Maiden já enfrenta há algum tempo um problema característico
de gigantes do rock que ultrapassam 30 anos de carreira: mesmo que
consiga atrair público jovem - a maioria dos presentes nem era nascida
quando a banda surgiu - acaba refém dos grandes sucessos. Tem banda que
não se importa com isso, e o Iron Maiden é uma delas.
A inclusão de quatro músicas do último CD, "The Final Frontier",
entre as cinco primeiras da apresentação que começou às 21h, fez muita
gente torcer o nariz e até mesmo a "protestar" contra a suposta falta de
hits.
Mesmo com o nariz torcido e com certa frieza nas músicas mais
recentes, até que houve uma recepção aceitável para as músicas mais
novas. Dado o recado de que ainda é uma banda relevante criativamente, o
sexteto deu ao público o filé tanto almejado na meta de final do show.
O hino "The Trooper" começou o massacre e estremeceu o Morumbi. Sem
tempo para respirar emendaram a correta e rápida "The Wicker Man". Para
redimir a noite dos radicais e menos interessados nos trabalhos ótimos
deste século, viram as pauladas "The Evil Men That Do", "Fear of the
Dark" e "Iron Maiden".
A parada obrigatória para a chatice do pequeno intervalo para o bis
deixou o público mais elétrico e mais raivoso - afinal, seria ofensa das
ofensas não tocar "The Number of the Beast". E ela veio no
encerramento, acompanhada pela obra-prima "Hallowed by Thy Name" e por
outro hino, "Running Free".
O Iron Maiden, é óbvio, não precisa de redenção, mas os mais
reticentes acabaram redimidos e de alma lavada com o que consideraram "o
verdadeiro Maiden" com a execução dos clássicos ao final do show. O
saldo do show: sem grandes novidades ou arroubos, o sexteto inglês
mostrou a qualidade e a competência de sempre. E foi maravilhoso como
sempre.
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Fonte: RedeTV |
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