FAMOSIDADES
FAMOSOS EM FOCO
Por WALLACE CARVALHO
RIO DE JANEIRO - Aos 30 anos, Claudia Leitte inicia uma nova fase em sua carreira. Lançando seu primeiro trabalho solo gravado em estúdio, a cantora tenta imprimir sua marca e se desvencilhar dos tempos do Babado Novo. Após meses de preparação, a loira está em turnê com o show “Rythmos”, com o objetivo – claro – de alavancar sua carreira internacional. “Minha gravadora está trabalhando nesta direção”, contou ao Famosos em Foco
Mas antes de se tornar uma das estrelas da música brasileira, ela teve que convencer os pais a aceitar a idéia de ter uma filha artista. Por conta disso, a carioca criada na Bahia afirma que vai dar força a Davi, caso ele queira seguir seu passos. “Ele terá meu apoio”, afirmou.
Claudinha disse ainda que não se incomoda com o fama e que seu novo single tem um quê de autobiográfico. A loira revelou também que tem orgulho de cantar axé e desmentiu os boatos de que não se dá bem com Ivete Sangalo. “Nós temos uma relação saudável que não dá espaço a futricas nem intrigas”, explicou.
Durante a entrevista, ela falou sobre a vontade de ter outro filho, de um livro que pretende lançar em breve, do projeto de puxar um trio no Carnaval carioca e de desfilar como rainha de bateria na Marquês de Sapucaí. Confira!
Divulgação/Site Oficial
Divulgação/Site Oficial

FAMOSOS EM FOCO - Você declarou durante uma coletiva que está tudo diferente na nova turnê. É uma nova Claudinha que temos por aí?
CLAUDIA LEITTE - Posso dizer que sim, pois novidades sempre marcaram minha carreira. Sempre gostei de gravar e cantar no palco coisas diferentes, desde a época do Babado Novo. Essa é minha essência. Mas neste trabalho estou mais expansiva. Agora em carreira solo, estou imprimindo minha marca. O público vai perceber muita diferença. O show é totalmente novo, figurino, cenografia. Faixas do meu novo disco, "As Máscaras", estão no repertório.
Quanto tempo você levou planejando o novo show?
Um bom tempo. Quis fazer um show que abraçasse todos os ritmos e foi aí que nasceu a turnê. Não sei dizer exatamente em quanto tempo foi concebido, mas eu e minha equipe estamos há uns dois ou três meses trabalhado neste projeto.
Até que ponto essa música “Famo$a” tem um quê de autobiográfico?
Em um momento da música, quando digo que “quero muito mais”, é a frase que considero ter esse cunho autobiográfico. Em relação à letra que compus, quis mostrar uma coisa mais caricata da fama. A fama é natural, faz parte da carreira que escolhi, mas quero ser mais feliz. Quero continuar desfrutando da felicidade que conquistei, porque no dia que isso tudo passar, o que fica é a felicidade.
Ser famosa te atrapalha em quais momentos?
O problema não é ser famosa, é saber lidar com a fama. A fama é efêmera. Você pode ser famoso ou famosa por vários motivos. Por ser um artista, por um ato de heroísmo ou bravura, por uma atitude relevante ou até por ter praticado o mal, um ou muitos crimes. Importante é saber distinguir a fama do personagem. Costumo ser eu, Claudia Leitte. E só.
Quais são seus planos com relação a uma carreira internacional?
Costumo dizer que tudo chega no seu tempo. Minha gravadora está trabalhando nesta direção. Já fiz shows no Chile, Estados Unidos, Portugal, Inglaterra e o próximo passo deve ser em direção ao mercado latino.
Se incomoda o rótulo de cantora de axé music?
Eu sou cantora de Axé, não saio do trio para nada. Amo música baiana e no meu novo disco tem cinco músicas que refletem isso. No novo trabalho mantive a essência da minha música, que é o Axé.
Antes do Babado Novo, você participou de um grupo da Daniela Mercury e foi vocalista de grupo de pagode. Conta um pouco pra gente desse período pré-Babado.
Fui vocalista na Nata do Samba e Companhia do Pagode. Foi num período que antecedeu o Babado Novo, comecinho de minha carreira. Tudo serviu de aprendizado.
Divulgação/Site Oficial
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As comparações com Ivete Sangalo te incomodam? A rivalidade entre vocês é boato?
Nós temos uma relação saudável que não dá espaço a futricas nem intrigas. Ivete é uma grande cantora, tem um trabalho consolidado. De comum temos o fato de nossas raízes estarem no axé e pronto.s
Com quem você gostaria de dividir o microfone?
Uma das grandes alegrias que experimentei na vida foi cantar ao lado de Roberto Carlos. Foi um momento mágico demais.
Quem são seus ídolos?
Djavan, Gil, Caetano... São muitos os seguimentos, muitos tipos de arte, mas esses artistas que citei me emocionam sempre.
Como foi sua infância na Bahia?
Como de qualquer jovem de classe média. Morei por uns 15 anos no bairro da Saúde, encravado no Centro Histórico de Salvador e pertinho do Pelô [Pelourinho]. De lá ouvia os tambores do Olodum. Meus pais não eram ricos, mas me deram todo o conforto material e, acima de tudo, carinho e amor. Minha família sempre foi o maior pilar que tive na vida.
Seus pais me disseram que no começo foram contra. Quando foi que eles viram que não tinha mais jeito?
Eles sempre quiseram o melhor para mim, queriam que eu concluísse a faculdade, tivesse uma formação superior. Minha mãe é professora, meu pai, administrador. Mas meu negócio sempre foi a música, desde menina essa era a minha vocação e acho que pelos 18 a 19 anos eles concluíram que meu sonho se tornaria minha profissão. E dai em diante me deram todo apoio e sempre estiveram ao meu lado.
Se Davi quiser seguir a carreira artística, você apoiaria?
Ele terá meu apoio em todos os passos que pretender dar na vida. Saberei educar ao lado de Marcio e apontar o melhor caminho sempre, mas caberá a ele decidir.
Que sonhos faltam para você realizar?
Queria ter uma menina. Pretendo ter outro filho no final de 2011.
Quando você vai aceitar ser rainha de bateria de uma escola do Rio de Janeiro?
Quando conseguir conciliar minha agenda no Carnaval da Bahia e a maravilha que é o Carnaval do Rio. A logística é bem complexa. Fico em média 6 a 7 horas em cima do trio, cantando e isso vai até quase a meia noite ou mais. Não seria fácil sair de lá, pegar um avião, cair no samba na madrugada e voltar para recomeçar tudo de novo no trio. Mas quem sabe um dia conseguiremos?
Os cariocas podem esperar pelo seu bloco no Carnaval do ano que vem?
Sim, claro. Na Bahia vou puxar dois. O Eu Vou, na sexta, no Circuito Barra-Ondina, e o Papa, domingo e terça no tradicional circuito do Campo Grande e segunda na Barra. Mas gostaria de trazer meu trio um dia ao Rio e estamos estudando direitinho como fazer isso.
Você tem um projeto de um livro...
Ainda está em gestação, minha equipe está trabalhando nele com a editora. Mas posso dizer que terá a participação dos meus fãs. Em breve postaremos os detalhes em nosso site.
Qual o segredo de um casamento perfeito?
Amor, muito amor e respeito, carinho e umas pitadas de renovação sempre.
E como será a Claudia velhinha?
A mesma de hoje, com umas ruguinhas na cara. [Risos]
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