NOSSA POLITÍCA

3 de ago. de 2010

"Nós, transexuais, nascemos e crescemos sozinhos", diz Lea T, filho transexual do ex-jogador Toninho Cerezo

Modelo fala sobre sua sexualidade e o sucesso no mundo da moda

foto: Divulgação
Lea T (de batom vermelho, à direita) no anúncio da campanha de Inverno da Givenchy
Lea T (de batom vermelho, à direita) no anúncio da campanha de Inverno da Givenchy
Lea T, transexual brasileira filha do ex-jogador Toninho Cerezo, ganhou destaque nas páginas do jornal inglês "The Guardian". A publicação traçou um perfil da modelo, que ficou conhecida ao posar para a campanha da grife Givenchy. Na entrevista, fala sobre a rejeição da família e o período que morou na Europa.

"Quando meu pai chegou em casa olhou para mim e disse que havia algo errado comigo. Nos anos seguintes, todos começaram a rezar para que eu fosse gay. Teria sido o mal menor para uma família religiosa que usava regras do tipo colonial, uma forma rígida de vida ", disse.

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Quando foi estudar na Itália, Lea T lembra que atraía a atenção de meninos e meninas, e possuia o sentimento de não ter uma "sexualidade definida, ou uma direção precisa para seguir". "Quando eu descobri a transexualidade, estava curioso e em seguida, recuei com medo, dizendo a mim mesmo: 'Eu não sou assim".

Mais tarde, quando conheceu o então aspirante a designer italiano Riccardo Tisci, um jovem licenciado da Central Saint Martins College Art, em Londres, que começou a analisar as perspectivas. Lea virou sua assistente pessoal e serve como modelo nos bastidores das criações.

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"Eu concordei em participar em nome de todos os meus amigos transexuais". No amor, ela se mostra pessimista sobre as chances de encontrar a felicidade. "Nós transexuais nascemos e crescemos sozinhos. Após a operação, nascemos de novo, mas mais uma vez sozinhos. E morremos sozinhos. É o preço que pagamos".

"A escolha", disse ela, que já foi chamada de Leandro ou "Leo", à Vanity Fair italiana, "situa-se entre ser infeliz para sempre ou tentar ser feliz."

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