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| Shakira assumiu o lado mulher fatal ao longo de sua carreira Foto: Reuters |
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A nova Shakira tem hoje um público muito maior. O fato de ter aderido ao inglês em suas canções lhe abriu as portas para eventos importantes, como a Copa do Mundo de Futebol, em que emplacou hits que se tornaram as músicas oficiais das edições de 2006 e 2010. Na festa da final na Alemanha, em 2006, ela apresentou ao mundo Hips Don't Lie. Quatro anos mais tarde, Waka Waka ditou o ritmo na África do Sul.
Todo o fervor em torno de seu nome é reflexo do que Shakira alcançou e do tamanho do público que conquistou durante sua carreira. Aqui no Brasil, por exemplo, é fácil perceber a quantidade de pessoas que admiram seu trabalho. Basta ver o agito que tem acontecido nas redes sociais nos últimos dias e na imprensa nacional sobre sua passagem pelo País.
Nas primeiras apresentações no Brasil, os "pés descalços" de Shakira antes eram abrigados em casas noturnas modestas, que não atingiam lotação máxima. Em São Paulo, ela pisou no extinto Olympia, Moinho Santo Antonio e no Clube Esperia. Uma das grandes apresentações por aqui aconteceu na Festa do Peão de Barretos, mas seu público ainda não se comparava ao atual.
Neste sábado, Shakira subirá ao palco montado no Estádio do Morumbi, em São Paulo, para matar a saudade daqueles que desde 1997 aguardam seu retorno, e para abraçar quem se rendeu ao rebolado da cantora latina ao passar dos anos. O local, diferente dos antigos palcos que a receberam por aqui, é o mais indicado para megaproduções musicais e somente artistas de grande porte se apresentam nele, como Madonna, Beyoncé e U2, entre outros.
Toda esta badalação e a mudança no estilo da cantora divide opiniões entre os fãs brasileiros que acompanham o trabalho da popstar desde o início de sua carreira. Para Michele Oliveira, assistente de recursos humanos, de Sorocaba (SP), Shakira tornou-se uma artista inacessível após conquistar a fama mundial. "É ruim toda esta badalação e dificulta o acesso a ela. Antes, tínhamos várias regalias, ela atendia todos os fãs, conseguia falar com todo mundo. Agora está muito difícil", disse.
A assistente administrativa Patrícia Saes, da capital paulista, encara como positiva a nova fase de Shakira, mas ainda sente falta da proximidade que tinha com a popstar nos tempos em que ela era conhecida apenas na América Latina. "A carreira dela está bem melhor. Antes não tinha toda essa produção. Para a carreira da Shakira foi ótimo, mas é ruim para nós, fãs. Não temos mais o contato que tínhamos com ela", comentou.
O vendedor Haroldo Souza, também de São Paulo, concorda com a amiga e diz que no passado a Sony Music ajudava os fãs a terem contato com a cantora. "A gente queria que ela chegasse onde chegou. Mas Shakira virou uma espécie de Madonna e o acesso a ela se tornou impossível. A gravadora nos colocava em contato, mas agora nem a gravadora consegue mais isso", disse.
Mesmo em meio aos contrapontos, os fãs das antigas seguem animados para o show deste sábado, que encerra a turnê brasileira de Shakira, iniciada em Porto Alegre na terça-feira (15). Brasília também foi eleita para abrigar o Pop Festival, mas a forte chuva ocorrida na noite de quinta-feira (17) danificou os equipamentos e a produção optou por cancelar o evento. A organização já se disponibilizou a devolver o dinheiro do ingresso a quem se interessar e irá divulgar um comunicado em breve, informando se haverá ou não remarcação da data do evento.
- Fonte:Terra
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