NOSSA POLITÍCA

25 de abr. de 2011

CPM 22 lança sétimo álbum com som renovado

Banda volta ao mercado após sete anos sem lançar um novo trabalho

Agência Estado
Divulgação/CartazDivulgação/Cartaz
O grupo CPM 22 é considerado um dos pioneiros do rock emo no Brasil
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A banda CPM 22, dona de hits que não paravam de tocar na década passada - como Regina Let's Go, Tarde de Outubro e O Mundo Dá Voltas -, está com disco novo.
É Depois de Um Longo Inverno, sétimo álbum do grupo, que sai quatro anos após o último de inéditas, Cidade Cinza (2007).
O disco marca uma guinada no estilo e nas letras da banda. As guitarras pesadas e gritarias deram lugar ao punk rock e ao ska, dois estilos musicais que influenciam o grupo desde sua formação, em 1995.
É possível perceber, nesse novo repertório, influências de bandas como Clash, Ramones, Misfits, Pennywise, NOFX e Mighty Mighty Bosstones, entre outras.
O guitarrista Luciano Garcia dá uma geral no que a banda tentou fazer neste CD.
- Escutamos de tudo, desde death metal até ska. Sempre quisemos fazer uma música nesse ritmo, mas não sabíamos se iria ficar bom.
A primeira tiragem do álbum sairá com 10 mil cópias.
Segundo Garcia, apesar de a banda ter sumido das rádios, o CPM 22 não parou de tocar.
- Desde 2007 não saímos da estrada. Estamos fazendo shows em todo o Brasil.
Pelo menos dois motivos, no entanto, foram responsáveis por esse hiato.
O primeiro foi o desentendimento do grupo como selo Arsenal, pertencente à Universal.
- Nosso contrato nos obrigava a lançar mais um álbum com eles e não queríamos mais. Só conseguimos nos acertar agora e estamos lançando o álbum de forma independente, mas com o suporte do selo Performance Music.
O segundo motivo foi a saída do guitarrista Wally, também em 2007.
- Parece que foi há muito tempo. Mas o tempo passa voando.
Praticamente todas as canções têm apoio de saxofones, trompetes e trombones.
Os arranjos foram escritos por Daniel Ganjaman, integrante do coletivo Instituto.


A canção que carrega mais no ska é a segunda do disco, Vida ou Morte, com batidas sincopadas e saxofone bem evidente.
Mas há espaço também para o bom e velho hardcore pop que caracteriza a banda.
O estilo está presente nas canções Filme Que eu Nunca Vi, Hospital do Sofredor e Quem Sou Eu?!.
A adesão da banda ao estilo mais leve e descompromissado do ska e ao punk rock indica um interesse deles em atingir novos públicos.
Demonstra também uma maturidade musical, tanto nos arranjos, que estão mais elaborados, quanto nas letras.
- Amadurecemos, sim. Agora, quando vamos compor, pensamos se fica melhor utilizar instrumentos como órgão, pianos, metais. Mas a proposta é continuar tocando também hardcore melódico e pop.

As informações são do Jornal da Tarde.  R7

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