NOSSA POLITÍCA

21 de jul. de 2011

Após sumiço de R$ 5 mil, delegado pede demissão no Rio


O delegado Márcio Franco, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) do Rio de Janeiro, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira para não comprometer as investigações sobre o furto de R$ 5 mil de dentro do seu gabinete. Hoje, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, determinou à Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) que seja feita uma sindicância administrativa disciplinar para apurar todas as circunstâncias do episódio ocorrido no gabinete.
Uma semana antes do sumiço do dinheiro, uma pistola foi furtada de uma sala do sexto andar do prédio da Chefia de Polícia Civil, no centro do Rio. Na quarta-feira, o delegado reafirmou que o valor retirado de sua sala era de R$ 5 mil, mas o registro de ocorrência feito na 5ª DP (Mem de Sá) comprovou o que já estava sendo especulado nos bastidores: que a quantia era de R$ 15 mil.
Segundo ele, houve um equívoco na hora de registrar o valor do furto. "Poderia ser R$ 1, R$ 5 mil ou R$ 200 mil, o crime de furto é caracterizado da mesma forma", afirmou o delegado. Duas funcionárias da empresa terceirizada responsável pela limpeza do prédio, apontadas como suspeitas, foram ouvidas, e a desconfiança sobre uma delas teria começado após ser divulgado que ela era responsável pela limpeza dos dois andares onde objetos sumiram.
O titular do DGPE prefere não apontar culpados. "Vou esperar a 5ª DP apurar. Não descarto nenhuma possibilidade. Fiz questão de registrar a ocorrência na delegacia para dar o exemplo para os demais cidadãos", afirmou o delegado. Ele disse que o 7° andar, onde fica sua sala, não tem sistema de câmeras e seu gabinete permanece trancado à noite, mas na parte da manhã funcionários da limpeza abrem a sala. A perícia não pode ser feita, segundo ele, pois, quando procurava o dinheiro, o local do crime foi desfeito.
O Dia
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