A Polícia Civil recomendou que ele fosse internado, mas o Ministério Público liberou o jovem. A vítima continua em estado grave
O jovem foi apreendido nesta quinta pela manhã e confessou o crime, achando ter feito a “coisa certa”. De acordo como chefe do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares, delegado Fabrício Lucindo, foram encaminhados ao MPES a confissão do adolescente, depoimentos de testemunhas, fotografias da situação da vítima e a recomendação para que o jovem fosse levado para a unidade de internação de menores infratores. Porém, o órgão judiciário resolveu devolver o rapaz à família para que ele responda pelo crime em liberdade.
“Para minha equipe aqui no DPJ, presenciar situações como essas são desestimulantes ao trabalho. Mas o papel da Polícia Civil é resolver o crime, o que a gente conseguiu fazer. O Ministério Público e a Justiça são que decidem o destino dos acusados”, lamenta o delegado.
O filho da vítima do crime, Sérgio Rodrigues da Silva Alves, relata que, logo após ser liberado no final da tarde desta quinta-feira, o adolescente já saiu de casa e começou a se gabar para as pessoas do bairro por não ter ficado preso. “É um absurdo sem tamanho. Ele tem que pagar pelo crime cometido. Não pode ficar assim”, reclamou.
O MPES foi procurado e informou que o caso está sob análise.
Barbaridade
O crime aconteceu na madrugada de quinta-feira (15). O suspeito teria entrado em uma quadra abandonada fumando quando, sem motivos aparentes, aproximou-se e ateou fogo nos colchões de moradores de rua com um isqueiro.
No local havia pelo menos quatro pessoas. A maioria escapou mas Marinalva da Silva Alves, 56, estava sob efeito de bebidas alcóolicas, não conseguiu fugir e teve 70% do corpo queimado. Ela encontra-se internada em estado gravíssimo no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Dório Silva, município da Serra.
O estudante de 16 anos foi identificado e apreendido pela Polícia Civil no final da manhã desta quinta-feira (15). Ele mora a cerca de 500 metros do local do crime. Em depoimento, segundo o delegado, o adolescente demonstrou pouco arrependimento e parecia acreditar ter feito a “coisa certa”, pois estava incomodado com a presença dos moradores de rua. O jovem seria usuário de drogas e conhecido das pessoas que dormiam na quadra de esportes.
informações: Gazetaonline
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