NOSSA POLITÍCA

30 de set. de 2015

Defesa Civil alerta que vai faltar água até para beber. Situação é mais crítica no Norte

Rio Doce Colatina /ES
A estiagem que castiga o Estado traz estimativas nada animadoras: há previsão de faltar água até mesmo para beber em 15 dias, caso não chova o suficiente. O problema é mais acentuado na região Norte. Muitos municípios decretaram ou estão na iminência de decretar situação de emergência ou de calamidade pública.
O alerta sobre a falta de água foi feito ontem por coordenadores das defesas civis municipais e prefeituras. Quem também informou sobre o risco de interrupção de abastecimento foi o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Aracruz (SAAE) e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), embora não tenham estimado data.
Em Aracruz, o distrito de Guaraná é um dos mais afetados. Lá, a previsão é que falte água até mesmo para beber nos próximos 15 dias se não chover. Situação delicada em Santa Cruz e Santa Rosa. Em Barra de São Francisco, o coordenador da Defesa Civil municipal, Celso Schwab, também disse que é possível que falte água para beber em 15 dias, se não chover.
Em outros municípios, como Montanha e Afonso Cláudio, pode faltar água nos próximos 20 dias. Há também cidade em que já falta de água nas torneiras, em especial na zona rural. Em Colatina, o nível do Rio Doce, que abastece o município, continua em queda.
O alerta para que o racionamento seja decretado na área urbana ainda não foi acionado, porém mais de 40 córregos e ribeirões na zona rural já secaram. Algumas comunidades estão sem água há quase uma semana. Segundo o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Fabiano Marchetti Bonno, o quadro já é considerado crítico e deve permanecer assim até o fim do ano.
“Alguns municípios já estão com falta de água potável, principalmente no Norte e Noroeste do Estado.” Na Grande Vitória, Guarapari encontra-se em situação mais crítica. A secretária municipal de Meio Ambiente, Jéssica Martins, afirmou que os rios que abastecem o balneário estão com os níveis abaixo do esperado e as chances de faltar água no verão são de 60%.
P R E V I SÃO
A previsão é de que os meses de outubro, novembro e dezembro sejam marcados por altas temperaturas e volte a chover no próximo mês, mas menos que o esperado, que é de 144 milímetros mensais. Já nos meses seguintes, a expectativa é que chova a média prevista, de 164 mm para novembro e 175 “mm para dezembro.
Afonso Cláudio
SE NÃO CHOVER em 20 dias deve começar a faltar água na zona rural. O mesmo irá acontecer na cidade, porém em 40 dias. O município decretou situação de emergência. Água Doce do Norte.
COM UM CENÁRIO crítico, há previsão, se não chover, de começar a faltar água no interior em 30 dias e na cidade entre 30 a 40 dias. A situação de emergência foi encaminhada.
Aracruz
A SITUAÇÃO é crítica em regiões como Guaraná, Santa Cruz e Santa Rosa. Em Guaraná já é iminente a falta de água nos próximos 15 dias (área urbana e rural). Em Santa Cruz e Santa Rosa, provavelmente nos próximos 30 dias.
Já em outras localidades há uma capacidade maior de produção e reserva de água, fazendo com que esse prazo se estenda, mas não superior a 45 dias, caso permaneça o mesmo cenário. O Saae solicitará o decreto de situação de emergência.
Barra de São Francisco
FALTA ÁGUA em distritos como Paulista e Cachoeirinha. No Centro não há racionamento, mas se não chover em 15 dias, poderá faltar água para beber. Conta com decreto de situação de emergência, mas deve decretar estado de calamidade se não chover até o próximo mês.
Cachoeiro de Itapemirim
A ÁREA urbana ainda não enfrenta risco de racionamento, mas nas localidades de Santa Fé, Córrego dos Monos e de Pacotuba, carros-pipa são enviados pela prefeitura.
Castelo
A SITUAÇÃO é crítica e a previsão é que comece a faltar água até para beber se não chover em 30 dias.

Colatina
É CRÍTICA a situação dos rios, córregos e ribeirões. O nível do Rio Doce está caindo. Na zona rural, mais de 40 córregos e ribeirões secaram e comunidades estão sem água há quase uma semana. Foi decretada situação de emergência (zona rural).
Conceição da Barra
ADMITE que “se não chover, vai enfrentar um caos”. O decreto de calamidade foi homologado em março.
Ecoporanga
O CENÁRIO é crítico e se prepara para pedir situação de emergência.
Grande Vitória
O RIO JUCU está com o nível de água próximo do crítico e, se não chover, pode faltar água em Vila Velha, Cariacica, Ilha de Vitória e alguns bairros de Viana, onde o rio abastece.
JÁ O RIO SANTA Maria da Vitória, apesar de também estar com a vazão próxima do ponto crítico, tem menos risco de ter problemas com abastecimento por conta do reservatório de água de rio Bonito. O rio abastece a Serra, parte continental de Vitória, Praia Grande e parte de Cariacica.
EM GUARAPARI, os rios Jaboti e Conceição deveriam estar com seu nível normal de captação de água, que é de 500 litros por segundo. Porém, eles só estão conseguindo captar 340 litros por segundo.
ATUALMENTE, há 60% de chance de que falte água no verão.
Fonte: Jornal A Tribuna

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