NOSSA POLITÍCA

16 de mai. de 2011

Delegados presos depõem nesta segunda

delegados marcio braga e luiz neves

Delegados presos devem prestam depoimento nesta segunda-feira (16)

O advogado dos delegados disse que logo após o depoimento deve entrar com um pedido de revogação de prisão na Justiça

TV Gazeta

Os delegados Márcio Braga e Luiz Neves estão presos desde sexta-feira (13). Eles depõem nesta segunda-feira (16), na Corregedoria da Polícia Civil. Ainda hoje, devem ser definidos nomes que assumirão a Delegacia Patrimonial.

O advogado dos delegados, Adão Rosa, disse que logo após o depoimento deve entrar com um pedido de revogação de prisão na Justiça. "De acordo com as normas da Polícia Civil, eles deveriam estar apenas afastados de seus cargos durante as investigações e não detidos. Vou usar um instrumento administrativo para comprovar que a prisão é desnecessária", afirmou.




Também nesta segunda-feira (16), o chefe da Polícia Civil, Joel Lyrio, se reúne com o secretário de Segurança Pública, Henrique Herkenhoff, para decidir os nomes que substituirão Braga e Neves na patrimonial.

Visita

Domingo foi o primeiro dia de visita para os dois delegados e para os outros cinco policiais presos sob suspeita de extorsão. O dia foi marcado por intensa movimentação de parentes e amigos. Pela manhã, o entra-e-sai de pessoas na Delegacia do Centro de Vila Velha era grande. A maioria levando alimentos e outros objetos.

Ao todo, 11 policiais estão presos na delegacia. O delegado titular, Mário Brocco, destacou que, devido ao aumento no número de detidos no local, ele solicitou reforço de mais dois servidores para fazer a segurança na cadeia.


Denúncia


Agressões, ameaças, bens apreendidos. São os detalhes da denúncia que colocou na cadeia dois delegados e cinco policiais. Neste sábado (14), na delegacia onde eles estão, nenhum movimento foi registrado. O delegado que comandou a investigação, José Porfírio Bessa, disse que não tem dúvidas sobre os crimes cometidos. Ele diz que o inquérito está cheio de provas e que outros policiais e delegados também estão sendo investigados. O inquérito deve ser concluído em dez dias.

Cadeado no portão, silêncio e nenhum movimento. A delegacia, que fica ano Centro de Vila Velha, não tem expediente no fim de semana. E nem parece que lá estão presos dois delegados: Márcio Braga e Luiz Neves, acusado de vários crimes. Somente os advogados dos acusados tem autorização para entrar e falar com os detidos.

Os cincos policiais presos são Davi da Silva Carvalho, Hilário Roger Nascimento, Marcos Marcelo Sartório, Fábio Loureiro e Alex Sandro Almeida. A decisão de mandar prendê-los foi do juiz Marcelo Menzes Loureiro. A pessoa que denunciou os policiais disse que teve vários pertences apreendidos por eles. Entre eles, uma caminhonete Mitsubishi.

A vítima também fala que sofria constantes ameaças de morte por parte dos policiais civis. E relata que sofria agressões se motivo e covardes em regiões sensíveis do corpo. As ameaças e pressões levaram o irmão da vítima a cometer suicídio. A vítima também relata que policiais que eram subordinados a ele atirassem contra policiais do Núcleo de Repressões Criminosas.

Entenda o caso


Os delegados da Delegacia Patrimonial da Polícia Civil Márcio Braga e Luiz Neves foram detidos na corregedoria da corporação, após o início de uma operação que está sendo desencadeada desde o início da madrugada desta sexta-feira (13). Segundo o corregedor-chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Gonçalves Rocha, eles foram denunciados por prática de furto e extorsão.

Além da prisão dos dois delegados, a operação envolve, ainda, mandados de busca, apreensão e de prisão de outros cinco policiais da Divisão Patrimonial. Os mandados estão sendo cumpridos pela Delegacia de Crimes Funcionais.

O delegado José Porfírio Bessa, um dos corregedores da corporação e responsável pela Delegacia de Crimes Funcionais, seguiu, nesta manhã, para uma diligência, acompanhado do delegado Luiz Neves e de outros dois policiais detidos durante a operação.

De acordo com Émerson Rocha, a denúncia contra os acusados surgiu de denúncias feitas à corregedoria da Polícia Civil por uma pessoa que disse ter sido vítima deles. O delegado também encarou a prisão dos outros dois policiais com naturalidade.

Segundo ele, a pena prevista a esses delegados e policiais pode chegar à exclusão dos mesmos do quadro da Polícia Civil. Eles serão ouvidos e, em seguida, encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Vila Velha.

Decisão
Segundo o texto da decisão do juiz Marcelo Menezes Loureiro, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, que culminou com a prisão provioria dos acusados, além das denúncias de furto e extorsão, os delegados e policiais são apontados por cometer crimes de tortura, abuso de autoridade, denunciação caluniosa, fraude processual e violação de domicílio.

Ainda de acordo com o texto, a pessoa que denunciou os acusados à corregedoria disse ter sido obrigada a pagar uma propina de R$ 25 mil por liberdade provisória, além de ter sofrido pressão psicológica e ter bens recolhidos, entre eles um veículo Mitsubishi.

Por conta de não ter aguentado as pressões sofridas pelos delegados e policiais, a vítima teria procurado a corregedoria da Polícia Civil e feito as denúncias. Inclusive, segundo o texto da decisão do juiz Marcelo Menezes, essa pessoa teria dito que seu irmão cometera suicídio em virtude das ameaças sofridas à família.


Com informações Tv Gazeta

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